quarta-feira, 28 de novembro de 2007

muito Punk!

O punk surge nos Estados Unidos por volta de 1975 como uma manifestação cultural juvenil: um modismo cujo interesse era a afirmação de uma personalidade ou estilo, não envolvendo intencionalmente questões éticas, políticas ou sociais. Caracterizado quase que totalmente por um estilo baseado em música, moda e comportamento. A ironia, interesse pelo grosseiro e o ofensivo, valorização do “faça-você-mesmo”, reutilização de roupas e símbolos já conhecidos em um novo contexto bizarro, crítica social, desprezo pelas ideologias, políticas ou morais, e pessimismo - somado ao estilo empolgante do punk-rock definiram a primeira encarnação do que hoje entendemos como cultura punk.


A partir do início da década de 70 o conceito de cultura punk adquiriu novo sentido com a expressão movimento punk, que passou a ser usada para definir sua transformação em tribo urbana, substituindo um conceito de atitude individual e cultural pelo conceito de movimento social propriamente dito: a aceitação pelo indivíduo de uma ideologia, comportamento e postura suposta comum a todos membros do movimento punk ou ramificação/submovimento que ele pertence. O movimento punk é uma forma mais ou menos organizada e unificada, com o intuito de alcançar objetivos —seja a revolução política, almejada de forma diferente pelos vários subgrupos do movimento, seja a preservação e resistência da tradição punk, como forma cultural deliberadamente marginal e alternativa à cultura tradicional vigente na sociedade ou como manifestação de segregação e auto-afirmação por gangues de rua. Apesar de atualmente o conceito movimento punk ser a interpretação mais popular de cultura punk, nem todos indivíduos ligados a esta cultura são membros de um grupo ou movimento.

(Larissa Cardoso)

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